País deve registrar crescimento acima de 1%, superior aos últimos 3 meses de 2010
O bom desempenho do mercado de trabalho e o aumento no consumo das famílias neste ano devem garantir um bom resultado do PIB , que é soma de tudo o que o país produziu, neste primeiro trimestre de 2011, segundo analistas ouvidos pelo o R7.
O indicador, que será divulgado nesta sexta-feira (3), deve ficar acima de 1%, resultado superior ao do último trimestre do ano passado – que ficou em 0,75%. Isso significa que as medidas prudenciais do Banco Central, em frear a inflação com a diminuição da oferta de crédito, ainda não atingiram a economia, segundo Rafael Bacciotti economista da Tendências consultoria.
- O desempenho do mercado de trabalho ajudou na formação do indicador, porque com as pessoas ocupadas houve um maior aumento da renda, que incentivou o consumo e ajudou a girar a economia neste primeiro trimestre. É um dado altamente positivo.
Entre janeiro e abril deste ano, foram gerados 880.711 empregos com carteira assinada, sendo o terceiro melhor resultado da história medido pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. Com mais grana no bolso, os brasileiros saíram às compras em datas importantes do comércio, como o Dia das Mães, que foi o melhor em oito anos para os lojistas em termos de vendas.
Na comparação com o mesmo primeiro trimestre do ano passado, no entanto, a previsão é que o PIB de 2011 seja inferior ao registrado entre os anos 2010/2009. O dado, no entanto, não é alarmante, já que a base de comparação para a formação do indicador era muito baixa na época.
Para ficar mais fácil de entender, basta lembrar em como estava o país em 2009. Depois da crise internacional de 2008, a produção industrial estava queda, o consumo estava em baixa e o emprego estacionado. Com os incentivos do governo, na redução dos impostos para vender mais carro, no aumento do crédito e na volta das contratações dos empregos com carteira assinada, o PIB cresceu.
Crescimento sustentável
Sendo assim, quando comparado ao ritmo dessa época, pode parecer que o Brasil desacelerou. No entanto, segundo o economista Alcides Leite, da escola de negócios Trevisan, houve apenas uma “redução da velocidade de crescimento, mas não uma freada”.
- É como se um carro estivesse andando a uma velocidade de 120 km/h e, de repente, caiu para 100 km/h. Ele continua andando, mas 120 km/h estava forçando muito o motor. É bom porque há um crescimento, mas não a ponto de gerar uma pressão inflacionária.
A preocupação com a inflação é algo que não tira somente o sono dos brasileiros, mas principalmente da equipe econômica do governo. Desde o ano passado, o Banco Central adotou medidas macroprudenciais, de retirada dos estímulos da economia, assim como a freada no crédito. Com o aumento da taxa de juros, a Selic, o repasse foi feito aos bancos e, com isso, pegar dinheiro emprestado ficou mais caro.
fonte: R7
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