segunda-feira, 6 de junho de 2011

Policial militar é apontado como ‘pivô’ de confusão que resultou em morte no Parque do Povo

Você teria coragem de matar uma pessoa que estivesse urinando na rua?










Um policial militar está sendo acusado de se envolver na confusão que resultou na primeira morte do São João 2011, em Campina Grande, em pleno Parque do Povo.


De acordo com as primeiras informações levantadas pela Polícia Civil, tudo começou quando o PM – que não estava de serviço – resolveu urinar em via pública, por volta das 6h desta segunda-feira (6).

Algumas pessoas se sentiram ‘incomodadas’ com a atitude do policial e resolveram tomar satisfações. Foi o estopim para mais um homicídio em Campina.

No meio da confusão, o PM teria sacado a arma, que lhe foi tomada pelo grupo de pessoas. O militar se tornou o alvo de vários disparos, no entanto os tiros acertaram outro homem que estava nas proximidades do ocorrido. Uma terceira pessoa também saiu ferida e foi levada para o hospital.

As polícias Civil e Militar estão apurando o caso.

Inevitável

Comentar ‘de longe’ sobre fatos como este não é algo recomendável, tendo em vista que de boca em boca a informação perde um pouco de sua veracidade. Mas como já vieram à tona as críticas sobre “policial portar arma fora de serviço”, é necessário que exista a réplica.

Jogo dos erros

A nosso ver, o erro não está no fato de um policial andar armado fora de serviço. Talvez o ato de urinar tenha sido o mal maior. Nessa mesma noite de domingo, com certeza havia dezenas de profissionais da segurança pública com armas na cintura, devido aos riscos de sua profissão. Para quem não lembra, na versão 2010 desta mesma festa um agente do Lar do Garoto (entidade para menores infratores) foi reconhecido e assassinado com uma facada, na saída do Parque do Povo. Uma arma na cintura poderia ter salvo sua vida.

‘Punição severa’

Urinar na rua é um ato repugnante e um péssimo exemplo que um policial pode dar à sociedade. Mas cá pra nós: cidadãos de bem ‘incomodados’ com alguém urinando em via pública teriam a coragem de partir para cima de um homem armado e, ato contínuo, tomar-lhe a arma e atirar contra ele? Você, leitor, teria coragem de matar alguém somente por que ele estava urinando na rua?

Dois pesos...

Não poupamos críticas - e com toda razão - quando policiais em serviço batem em pessoas que estão ‘apenas urinando’ nas calçadas, nos mais variados eventos da vida. Hoje, um policial quase foi assassinado por causa da mesma atitude. Mas não está sendo visto como a ‘vítima’ da história.
fonte: ParaibaemQAP

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