Um chefe sênior da polícia britânica, interrogado no Parlamento sobre um escândalo de grampeamento de telefones que levou ao fechamento de um jornal importante, disse na terça-feira acreditar que ele próprio foi vítima de grampeamento telefônico.
John Yates, comissário-assistente da Polícia Metropolitana de Londres, disse que é inevitável que alguns policiais sejam corruptos, mas negou terminantemente que tenha recebido pagamentos ilegais de jornais.
"Pelos métodos que eu sei que foram usados e o impacto que isso tem sobre o telefone da pessoa, sobre sua senha, tenho 99% de certeza de que meu telefone foi grampeado no período de até 2005 e 2006", disse Yates em uma audiência parlamentar sobre o grampeamento de telefones por parte do jornal "News of the World", parte do grupo de mídia News Corp.
O escândalo de grampeamento de telefones incluiu de celebridades a vítimas de crimes, lançando uma sombra sobre as operações do News Corp. e levantando perguntas sobre vínculos entre repórteres e policiais, alguns dos quais parecem ter fornecido números de telefone confidenciais a determinadas pessoas que trabalhavam para alguns jornais.
Yates foi criticado por ter concluído em 2009 que não havia evidências suficientes para reabrir a investigação original da polícia londrina sobre o grampeamento telefônico cometido pelo News of the World, em meio a queixas de que a investigação original não havia se aprofundado o suficiente.
Yates disse que não tinha ideia de quem teria interceptado seu telefone e que os registros a esse respeito não existem mais.
Na época, ele comandava um inquérito que investigava alegações de que o partido Trabalhista, então no governo, estaria recebendo dinheiro em troca de vagas na Câmara dos Lordes, cujos integrantes não são eleitos. O inquérito não foi seguido por acusações criminais.
Indagado se alguma vez recebeu pagamentos de jornalistas, Yates disse: "Essa é uma pergunta estarrecedora. Eu nunca, nunca, jamais recebi qualquer pagamento desse tipo."
Ele disse, contudo, que a corrupção na Polícia Metropolitana é inevitável.
"Somos uma organização de 50 mil pessoas, e desde sempre dissemos que algumas dessas 50 mil pessoas serão corruptas e aceitarão pagamentos", disse ele.
GRAMPO NA POLÍCIA
Yates também disse que nunca foi procurado pelo News International em torno de sua vida particular, nem foi sujeito a qualquer pressão desse tipo por parte do grupo de jornais.
O jornal norte-americano "The New York Times" publicou na segunda-feira que cinco experientes detetives britânicos descobriram que seus telefones tinham sido grampeados pouco depois de a polícia ter aberto uma investigação sobre o News of the World em 2006.
Andy Hayman, ex-policial que foi o investigador-chefe no inquérito inicial sobre o grampeamento, disse que não fazia ideia se seu próprio telefone foi grampeado.
"Eu não sei. Realmente não sei, e, se fui grampeado, assim seja. Não tenho nada a esconder. Como costumo dizer, encontrarão minha lista de compras e meus escores de golfe."
John Yates, comissário-assistente da Polícia Metropolitana de Londres, disse que é inevitável que alguns policiais sejam corruptos, mas negou terminantemente que tenha recebido pagamentos ilegais de jornais.
"Pelos métodos que eu sei que foram usados e o impacto que isso tem sobre o telefone da pessoa, sobre sua senha, tenho 99% de certeza de que meu telefone foi grampeado no período de até 2005 e 2006", disse Yates em uma audiência parlamentar sobre o grampeamento de telefones por parte do jornal "News of the World", parte do grupo de mídia News Corp.
O escândalo de grampeamento de telefones incluiu de celebridades a vítimas de crimes, lançando uma sombra sobre as operações do News Corp. e levantando perguntas sobre vínculos entre repórteres e policiais, alguns dos quais parecem ter fornecido números de telefone confidenciais a determinadas pessoas que trabalhavam para alguns jornais.
Yates foi criticado por ter concluído em 2009 que não havia evidências suficientes para reabrir a investigação original da polícia londrina sobre o grampeamento telefônico cometido pelo News of the World, em meio a queixas de que a investigação original não havia se aprofundado o suficiente.
Yates disse que não tinha ideia de quem teria interceptado seu telefone e que os registros a esse respeito não existem mais.
Na época, ele comandava um inquérito que investigava alegações de que o partido Trabalhista, então no governo, estaria recebendo dinheiro em troca de vagas na Câmara dos Lordes, cujos integrantes não são eleitos. O inquérito não foi seguido por acusações criminais.
Indagado se alguma vez recebeu pagamentos de jornalistas, Yates disse: "Essa é uma pergunta estarrecedora. Eu nunca, nunca, jamais recebi qualquer pagamento desse tipo."
Ele disse, contudo, que a corrupção na Polícia Metropolitana é inevitável.
"Somos uma organização de 50 mil pessoas, e desde sempre dissemos que algumas dessas 50 mil pessoas serão corruptas e aceitarão pagamentos", disse ele.
GRAMPO NA POLÍCIA
Yates também disse que nunca foi procurado pelo News International em torno de sua vida particular, nem foi sujeito a qualquer pressão desse tipo por parte do grupo de jornais.
O jornal norte-americano "The New York Times" publicou na segunda-feira que cinco experientes detetives britânicos descobriram que seus telefones tinham sido grampeados pouco depois de a polícia ter aberto uma investigação sobre o News of the World em 2006.
Andy Hayman, ex-policial que foi o investigador-chefe no inquérito inicial sobre o grampeamento, disse que não fazia ideia se seu próprio telefone foi grampeado.
"Eu não sei. Realmente não sei, e, se fui grampeado, assim seja. Não tenho nada a esconder. Como costumo dizer, encontrarão minha lista de compras e meus escores de golfe."
fonte: Folha Online
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